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A fruticultura pode ser uma das grandes alternativas para a diversificação de produção na agricultura do município de Campos. A conclusão é do pesquisador Alexandre Pio Viana, do Laboratório de Melhoramento Genético e Vegetal da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), durante o primeiro ciclo de debates do Seminário Pós Petróleo/Novos Horizontes de Desenvolvimento, realizado no plenário da Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes, na última quinta-feira (10).

A universidade desenvolve experiências e pesquisas com variedades adaptáveis à região com frutas tropicais como banana, goiaba, maracujá e uva, de modo a criar estímulos para a expansão dessas culturas. “A fruticultura é uma aptidão nossa. As frutas tropicais se adaptam bem à região”, disse. As experiências com o plantio da uva têm sido feitas numa área do Colégio Agrícola Antônio Sarlo.

Ele informou que, no ano de 2015, cerca de 40% da produção de hortifrutigranjeiros comercializados na Ceasa, do Rio de Janeiro, é de frutas e acrescentou que “quase toda essa fruta vem de fora do Estado”.

O pesquisador destacou também o bom momento que atravessa a comercialização do maracujá e da uva, com preços atraentes no mercado, na faixa de R$ 8,00 e R$ 15,00 o quilo, respectivamente.

A alta do maracujá na região se deve à escassez da fruta, que sofreu uma baixa significativa em sua produção devido às pragas que lhe atingiram nas últimas décadas do século passado. Alexandre anunciou que a Uenf programa o lançamento de variedades de mudas de maracujá com maior grau de tolerância às pragas que castigaram os pomares nos últimos anos.

O pesquisador destacou as possibilidades de expansão dessas culturas em Campos e ressaltou que a fruticultura é uma atividade que requer cuidados e tratos culturais para sua manutenção e produtividade.

RENDA O ANO INTEIRO - O superintendente municipal de Agricultura e Pesca, Eduardo Crespo, frisou que o maracujá é uma fruta que acrescenta valor agregado em sua produção e lucratividade. “O maracujá é uma fruta que permite ao produtor obter renda com sua produção o ano inteiro”, ressaltou.

Os Seminários Pós-Petróleo/Novos Horizontes de Desenvolvimento recomeça nesta quinta-feira (17) com painéis de debates sobre as microbacias regionais, agricultura familiar, a merenda escolar, a pesca e as ações do Rio Rural. 

*Fonte: Ascom Câmara Campos