Um repelente capaz de proteger as pessoas contra o mosquito Aedes Aegypti com custo abaixo dos oponentes de mercado e com maior durabilidade, este é o foco do projeto apresentado por Edmilson José Maria, professor de Química Orgânica da Uenf, durante reunião na manhã desta sexta-feira (20) com o presidente da Câmara, Marcão Gomes (Rede), e do líder do governo no legislativo, vereador Fred Machado (PPS).
O projeto “Controle do Aedes Aegypti através da distribuição de repelente em barra e armadilhas de monitoramento em áreas endêmicas da região Norte Fluminense”, está cadastrado na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro(Faperj) e foi apresentado pelo professor com intuito de firmar uma parceria entre o município e a universidade.
“Há 20 anos cheguei à Campos e percebi que a cidade não tinha conhecimento da dengue. Uma doença negligenciada e que, portanto, não contava com estudos nos países mais desenvolvidos. Então comecei a estudar esta área, pois o mosquito é uma arma letal. Ele sente a presença humana a 40 metros de distância. Por ano ele vitima em torno de 2 milhões de pessoas no mundo como transmissor de doenças. É o animal que mais mata seres humanos”, disse Edmilson.
Entre os dados apresentados, o professor destacou que hoje o país conta com todas as 7 doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti. São elas Dengue 1, Dengue 2, Dengue 3, Dengue 4, Chikungunya, Zika e Febre Amarela. Esta última, segundo dados divulgados no dia 18 deste mês, matou 23 pessoas em Minas Gerais, onde os casos suspeitos chegam a 206. Outra informação é a respeito dos custos, o Governo Federal gasta cerca de 4,8 bilhões por ano com assistência hospitalar em virtude da dengue.
“O nosso repelente foi elaborado em barra, portanto é 50% mais barato e rende 50% mais que os repelentes em creme ou spray. É eficaz contra uma ampla gama de mosquitos, insetos e carrapatos, além de ter longa vida útil. Já a armadilha, foi projetada para o interior de residências e demais ambientes, visto que 80% dos focos de Aedes Aegypti são nestes locais. Ela conta com uma estrutura escura para atrair os mosquitos e uma cola com componentes químicos que os extermina”, explicou Edmilson.
Marcão solicitou o professor que enviasse o projeto detalhado à Câmara. “Nós queremos a partir de agora utilizar todos os recursos que a academia pode oferecer. Temos inúmeras universidades com projetos que podem ser utilizados para melhorar a vida da população. Como este, que através de um estudo feito em nossa cidade, nos mostra uma possibilidade de proteção contra doenças. Quero trabalhar este projeto egostaria de pedir que o enviasse oficialmente, para que juntos pudéssemos trabalhar na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. Desde já, também gostaria convidar o professor para dar uma entrevista em nossa TV Câmara apresentando este trabalho”, concluiu o presidente da Câmara.
*Fonte: Ascom Câmara Campos